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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

. Etnocentrismo e Relativismo Cultural

Como vimos a propósito da noção de aculturação, nem sempre encaramos a diversidade cultural da melhor maneira. Umas vezes julgamos que a nossa cultura é melhor do que as outras e não aceitamos outras formas de ver o mundo, outras viramos costas ao que se passa noutras culturas e toleramos verdadeiras barbaridades como se nada tivéssemos a ver com o que se passa para lá da nossa casa, em vez de aprendermos uns com os outros e assim melhorarmos todos enquanto seres humanos.

À primeira atitude, a que nos fecha em nós mesmos como se fôssemos superiores e nos leva a desprezar as outras culturas, dá-se o nome de etnocentirsmo. Isto é, a nossa cultura ou etnia estaria no centro à volta do qual gravitam todas as outras, a nossa seria a referência para julgar a dos outros. Trata-se de uma atitude perigosa porque pode conduzir à xenofobia, o ódio pelos estrangeiros, ao chauvinismo, o nacionalismo fanático, e em última análise ao racismo, a rejeição violenta de um ou mais grupos étnicos, que está na base de uma das maiores catástrofes da nossa história: a 2ª guerra mundicial e o genocídio a que foram sujeitos os judeus.

À segunda atitude, aparentemente menos perigosa, dá-se o nome de relativismo cultural. Sob a capa do respeito pelas outras formas de estar e culturas, corre-se um risco duplo: o isolamento e a estagnação. Isolamento porque se defende que não há qualquer problema se cada um viver no seu país segundo a sua cultura (como se isso fosse possível!). Estagnação porque não haverá lugar para a mudança, cada cultura permaneceria tranquilamente com os seus valores, mesmo que isso implique a violação dos direitos humanos mais básicos, como o direito à vida ou à liberdade de expressão, que deveriam ser reconhecidos a todo e qualquer ser humano independentemente da sua cultura.

Algures entre as duas atitudes, entre a ideia de que estamos sós e a de que nada temos a aprender uns com os outros, fica a atitude desejável: o amor próprio temperado com tolerância pela diferença e a vontade de melhorar. Porque afinal, como podemos ver no vídeo que segue, pelo menos no que diz respeito às questões fundamentais, como a da felicidade, somos todos muito parecidos!


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